terça-feira, 28 de setembro de 2010

Phil Collins, Going Back e a mediocridade da música atual



(por Frederico Beltrão)

Phil Collins é o tipo de sujeito que deixa muita gente com a pulga atrás da orelha. O fato dele ter saído de trás da obscuridade do Genesis dos anos 70, ter virado um ícone pop nos anos 80 e ter subseqüentemente transformado sua banda de origem numa instituição titânica do pop, lançando hit atrás de hit e vendendo milhões de discos, irrita críticos musicais e alguns fãs xiitas do Genesis prog dos anos 70, que o acusam de ser um traidor, algo que não faz o menor sentido.



Sua carreira solo é louvável. Utilizando suas influências da Motown, do smooth jazz e do pop-rock em geral, Collins lançou 4 discos excelentes nos anos 80, e outros 3 ao longo dos anos 90 e 2000, que apesar de darem sinais de falta de criatividade tem lá suas virtudes.

A reunião do Genesis em 2007 para a fantástica Turn It On Again Tour foi o suficiente para instigar Collins a gravar novamente, mesmo tendo se despedido da carreira solo em 2005. Porém, ele decidiu fazer o disco mais pessoal da carreira dele, regravando suas músicas da mítica gravadora Motown que, segundo ele, foram suas maiores influências. Dando legitimidade ao trabalho, Collins teve o apoio de ninguém mais, ninguém menos que os também míticos Funk Brothers, que foram os acompanhantes musicais perenes de praticamente todos os hits da gravadora, sendo o backup de gente como Marvin Gaye, Stevie Wonder, The Temptations, Jackson 5, The Four Tops, The Supremes, The Pretenders entre inúmeros outros.



Bom, antes que vocês perguntem, isto não é uma review, mas eu devo afirmar que o disco é simplesmente fantástico. O fato de ter os Funk Brothers no apoio e de Collins não ter utilizado nenhuma técnica de estúdio mirabolante, dá um sentimento nostálgico no disco tão forte que você praticamente sente a época em que as músicas foram escritas. Acima disso tudo, Collins nunca cantou tão bem, sua poderosa voz cai nas músicas como uma luva, e ele dá uma sutileza e leveza que ao mesmo tempo injetam novo ar às canções e resgatam o sentimento musical dos anos 50 e 60. Algo realmente mágico, e um tremendo chute no saco de quem critica Phil Collins.

Porém, há um tema maior que permeia esse lançamento tão inusitado e tão bem sucedido por um cantor beirando os seus 60 anos. Quando eu ouvi o disco fiquei irrequieto com a seguinte pergunta: o que nós vamos deixar para gerações futuras? Musicalmente falando, claro.



O material produzido pelos artistas e os compositores da Motown nos anos 50, 60 e 70 foram apenas uma parcela, um recorte, de uma avalanche de inovações fantásticas, músicos fantásticos e compositores geniais, que expandiram os limites da música popular, redefinindo o seu papel no cotidiano. Os anos 80, apesar de não terem sido revolucionários, tiveram uma qualidade musical bem alta, apesar de alguns artistas medíocres terem começado a ter peso na figura geral (no momento eu penso na Madonna e no Metallica, mas tiveram outros). Os anos 90 tiveram lá suas boas coisas, especialmente no ramo eletrônico e no R&B, que foi reinventado com o New Jack Swing. Porém, vieram os anos 2000 e tudo foi, na falta de um melhor termo, pro caralho.



Até mesmo estilos que eu já não gosto muito, como o Hip Hop e o Metal, tornaram-se insuportáveis. O primeiro tornou-se um compêndio de baixarias, enquanto o segundo tornou-se uma demonstração doentia de técnica agressiva, sem o menor sentido. Obviamente que há exceções, mas, no geral, a idiotice impera. Fora isso, novos gêneros lamentáveis surgiram, como o Teen Pop (talvez o menos agressivo de todos, pelo menos a Demi Lovato é bonitinha e tem uma voz agradável), o Hardcore ou Screamo, ou “eu sou revoltadinho com meus pais, faço tatuagem e toco música pesada” (com algumas nojeiras do tipo Good Charlotte e Limp Bizkit), o Emo, o Indie pseudo-intelectual e as famigeradas bandinhas coloridas aqui no Brasil, que são talvez, o símbolo de uma geração que se perdeu musicalmente.

O padrão de qualidade está tão baixo que a imprensa musical e o público em geral consideram Lady Gaga algo genial, quando na realidade ela nada mais é do que uma artista genérica de electro-pop. Só o fato dela saber cantar e compor minimamente já é motivo pra considerá-la um gênio. Há uns 20 anos atrás, ela REALMENTE teria a necessidade de se vestir de maneira escrota pra atrair atenção.



O resultado disso? As pessoas que conseguem transcender a imbecilidade generalizada se voltam para as bandas e os artistas antigos, que estão experimentando um verdadeiro “revival”. Num certo aspecto, isso é bom, mas por outro lado, o que vai ser da música quando esses sujeitos forem passear com o Michael Jackson? O que havia restado de qualidade vai acabar?

Bom, Phil Collins fez um álbum de covers da Motown dos anos 50 e 60. Queria saber qual seria o critério num álbum de covers que alguém irá fazer daqui a 40 anos das músicas atuais. Isso desperta minha curiosidade, e minha preocupação.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Álbuns Fodônicos - Aja (Steely Dan)



(by Fred Beltrão)

Em 1977, a Guerra Fria havia esfriado de vez (aparentemente), a ditadura militar no Brasil já mostrava sinais de fraqueza na era Geisel e a China já preparava o território para a subida de Deng Xiaoping ao poder, iniciando seu crescimento desenfreado.

Na música, os Bee Gees e o filme Os Embalos de Sábado a Noite transformaram a música disco em febre, enquanto o punk destruía o rock progressivo na terra da Rainha Vitória e o Fleetwood Mac conquistava o mundo com o seu magnum opus Rumours (na época o disco mais vendido da história). O Pink Floyd apresentou sua legendária turnê In The Flesh, que enlouqueceu Roger Waters de vez e Jean Michel Jarre revolucionou a música com o seu disco seminal Oxygène, praticamente firmando a música eletrônica como um dos principais estilos musicais, e se estabelecendo como o músico francês mais famoso da história.

Alheio a tudo isto estava o Steely Dan, que há anos havia trocado o mundo de excessos do rock pelo conforto quase insular dos estúdios de Los Angeles. Ignorando completamente o mundo ao seu redor, eles lançaram uma obra-prima, quase esquecida no meio musical, o disco Aja.



Steely Dan foi uma “banda” fundada em 1972 por Walter Becker (inicialmente o baixista) e Donald Fagen (teclados e vocais). Inicialmente eles eram uma banda de fato, (muito bem) acompanhados pelos guitarristas Jeff “Skunk” Baxter e Denny Dias, pelo baterista Jim Hodder e pelo vocalista David Palmer (que só gravou o primeiro disco da banda, e só fez lead em uma música). Becker e Fagen escreviam todas as músicas e arranjos, todos extremamente luxuosos, bem trabalhados e que misturavam inúmeros gêneros.

A altíssima qualidade musical, a competência dos músicos e as fantásticas letras de Don Fagen (sorry Roger Waters e Bob Dylan, mas Fagen está um patamar acima) transformaram o Steely Dan num sucesso instantâneo sendo uma das maiores bandas de jazz-rock e também uma das maiores influências no soft-rock. O primeiro disco Can’t Buy A Thrill (1972) vendeu horrores, e conteve clássicos como “Do It Again” e “Reelin’ In The Years”.



O arranjo de banda logo falhou e o Steely Dan acabou se tornando uma dupla cada vez mais ambiciosa, que parou de fazer turnês e que utilizava os músicos mais competentes do momento para realizar suas idéias. Isso rendeu clássicos como Countdown To Ecstasy (1973), Pretzel Logic (1974), Katy Lied (1975), The Royal Scam (1976) e, finalmente, o objeto de estudo desta resenha, Aja (1977).



Becker e Fagen estavam seguindo uma linha cada vez mais agressiva e puxada pro rock nas suas músicas, culminando em The Royal Scam, um disco altamente sarcástico, sombrio e, arrisco dizer, pesado. Contrariando todas as expectativas, eles mudaram o estilo, removendo o lado rock quase que por completo e deixando o jazz correr solto. O resultado foi um dos melhores discos da história.

Aja é uma obra complexa, diversa, extremamente elegante e sofisticada. É o tipo de disco que fica na cabeça por dias depois que você o escuta pela primeira vez. Liricamente falando, é fantástico, apesar de ser extremamente depressivo. É como se Fagen tivesse trocado a ironia e o sarcasmo dos discos anteriores por melancolia, apesar das suas tiradas sarcásticas ainda aparecerem, mesmo que de forma mais sutil.

Para concretizar suas composições, Becker e Fagen reuniram um grupo absurdo de músicos de sessão, incluindo os guitarristas Larry Carlton, Jay Graydon e Lee Ritenour, os baixistas Chuck Rainey e Leland Sklar, os tecladistas Victor Feldman e Michal Omartian, os bateristas Bernard Purdie, Steve Gadd e Jim Keltner, o saxofonista Wayne Shorter entre inúmeros outros.

O disco começa com a canção “Black Cow”, um relaxante misto de smooth jazz e R&B. Uma calma introdução que conta a história de um sujeito que vê sua mulher rodeada de amantes num bar suburbano. O clima melancólico é realçado pelas backing vocals durante o refrão e o solo de sax no final é excelente e bem divertido, o que entra em contraste direto com o tema lírico da música.

A grande tour-de-force do álbum é a faixa-título, que vem logo em seqüência. “Aja” é, na falta de um termo melhor para descrever, uma música DO CARALHO. A música é uma suíte de jazz, que integra temas orientais e latinos. O início é calmo, cantado, com um clima quase místico realçado pela letra que forma mais imagens do que um sentido concreto. Após isso, a parte instrumental começa, e all hell breaks loose. Primeiramente, um misto de salsa e música oriental, permeada pelo trabalho de guitarra de Larry Carlton e depois, um monstruoso solo de saxofone de Wayne Shorter, acompanhado por uma das levadas mais complexas já vistas na bateria, cortesia de Steve Gadd. Depois da apoteose instrumental, a música volta ao tema cantado, e termina com mais uma levada de Gadd, fechando com chave de ouro uma das canções mais bem trabalhadas e bonitas já vistas.

O disco segue com “Deacon Blues”, uma música que conta a história de um alcoólatra suicida, que busca consolo transando com mulheres aleatórias durante a noite. É uma canção triste e longa com um arranjo de metais excelente, e as guitarras de Lee Ritenour e de Dean Parks formam um acompanhamento perfeito.

Peg” é, como descreveu a Rolling Stone, uma peça de uma comédia musical absurda, que fala sobre um sujeito com uma paixão platônica por uma modelo. A harmonia vocal de Michael McDonald no refrão realça ainda mais o clima cômico da música, e o excelente solo de guitarra de Jay Graydon é um dos poucos momentos de puro rock do disco.

Depois de “Peg” vem “Home At Last”, outra peça interessantíssima. O groove de Bernard Purdie na bateria (o lendário Purdie Shuffle) dá a pulsação para uma versão moderna da Odisséia, de Homero. O arranjo de metais, somado ao piano de Victor Feldman e o expressivo vocal de Fagen são realmente marcantes, e o solo de Walter Becker é um dos pouquíssimos momentos em que ele realmente brilha na guitarra.

I Got The News” tem a dúbia distinção de ser a música mais fraca do disco, mas mesmo assim é muito boa. “I Got The News” é quase uma tentativa de criar uma faixa de disco-music com uma pitada de jazz, cheia de inuendos na letra, o que prova que Becker e Fagen não estavam tão isolados, no final das contas. Outro destaque desta canção é, novamente, o trabalho vocal de Michael McDonald nas harmonias, e um outro solo de Becker.

O disco termina com “Josie”, a única música do disco em que Fagen exercita toda a sua ironia e seu sarcasmo, contando a história de um grupo de jovens arruaceiros, que faz merda enquanto uma amiga (ou uma dorga, manolo) chamada Josie não chega. A música é um jazz-rock grooveado (com uma excelente aparição de uma lenda da bateria, Jim Keltner), e com um tema e um refrão memoráveis.



Com Aja, o Steely Dan realmente atingiu o ápice, tanto artístico quanto comercial, devido ao sucesso de “Peg”, “Deacon Blues” e “Josie” nas rádios. Apesar de hoje ser um disco esquecido, praticamente, Aja é uma obra essencial para as pessoas com bom gosto musical.

Bom, pissoas, muito obrigado pelos seus tempos gastos nesta leitura e aguardem o próximo artigo, que estará no ar em breve (aceito sugestões de tema :p).

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Álbuns Fodônicos - Ace Of Spades (Motorhead)



(by Cristiano Gadelha)

Saudações, garotada!

Primeiramente, peço desculpas pela demora pra uma atualização. Mas isso tem um motivo!

Eu e Fred estávamos decidindo sobre o que diabos falar no Blog depois do último post e, dentre as idéias que surgiram, veio sobre falar de discos fodônicos!

Ficou ao meu cargo postar algo, visto que os últimos dois posts foram de meu parceiro gordinho. Porém, como eu sou indeciso, não sabia sobre qual caralhos de álbum falar.

Até que eu li uma entrevista com o Lemmy e acabei por me decidir e reescrevendo a porra toda!

"Quem diabos é Lemmy?", você pergunta?



ESTE é o Lemmy. Ian Fraser Kilmister, o lendário vocalista e baixista da banda mais UBER MACHO TESTOSTERONA da História: MOTORHEAD!

E se você não conhece, recomendo que pare de ouvir imediatamente Cine e o Rebolation e vá ouvir música boa.

Não, de boa, vá ouvir coisa que presta.

E espero que este artigo o deixe curioso para ouvir Motorhead, afinal, este pra mim é o melhor disco deles, e se bá, um dos melhores discos da história do Rock!

"Mas Crisão, o que torna este disco tão especial?", você pergunta.

Entre no meu DeLorean e vamos ver!



O mundo era MUITO diferente em 1980. O mundo ainda vivia a Guerra Fria e acontecia uma Olimpíada na Rússia (até então USSR), o Papa não-Palpatine João Paulo II vinha dar um pulo por estas paragens, e todo brasileiro homem queria comer a Vera Fischer.

A Vera Fischer.

Não que eu fosse recusar uma panela velha, mas enfim!

A Inglaterra vivia tempos de mudança em matéria de Rock And Roll! O Deep Purple era só uma lembrança na cabeça das pessoas, o Led Zeppelin ainda não sabia o que fazer com a morte de John Bonham, e o Black Sabbath estava com Dio nos vocais.

Isso fora o Rainbow e o Whitesnake na atividade, e a morte do movimento Punk inglês com o efervescente movimento da New Wave Of British Heavy Metal, que você provavelmente ouviu falar porque...



...você provavelmente ouve Iron Maiden, ou não estaria neste blog.

Que aliás, na época soltava seu primeiro disco, ainda com Paul "Eu vivo do Iron Maiden" Di'Anno nos vocais, Clive Burr na bateria e Dennis Stratton na guitarra, ao lado dos fundadores Dave Murray e Steve Harris.

Pois então, neste cenário estava o Motorhead, que não era uma banda do movimento (apesar de muita gente achar), mas já havia angariado algum reconhecimento com os petardos anteriores que havia lançado, como Overkill (1979), que foi composto e gravado em uma noite, e Bomber, do mesmo ano.

Composta por Lemmy na voz e no baixo ao lado de Eddie Clarke na guitarra e Philty "Animal" Taylor na bateria, formação que seria considerada por muitos fãs da banda como clássica, naquela época, bandas como Iron Maiden, Girlschool e Saxon eram bandas de abertura para o Motorhead, logo, eles eram pauzudos a este ponto.

Com o notório crescimento da banda com o sucesso dos álbuns anteriores, o Motorhead entrou em estúdio com o produtor Vic Malle para gravar o álbum que seria seu grande hit, enfim.

Ace Of Spades foi gravado, e deixou sua marca na história do Rock.



- Ace Of Spades (2:50) - O disco abre com o primeiro single lançado como prévia do disco, a megaclássica Ace Of Spades. E PUTAQUEPARIU, QUE ABERTURA FODA PRA UM DISCO! Nela, a banda mostra a quê veio, com uma faixa rápida, simples e direta característica do Motorhead, com direito a um matador solo de guitarra de Eddie Clarke. Não poderia começar melhor!

- Love Me Like A Reptile (3:23) - Sem deixar a peteca cair, mesmo com um andamento mais cadenciado, somos brindados com Love Me Like A Reptile, com sua letra "romântica" do jeito que somente Lemmy poderia conceber. Um clássico.

- Shoot You In The Back (2:40) - Com seu riff matador, é dada a deixa para um verdadeiro convite ao Headbang com a pesada Shoot You In The Back. Outra que nos brinda com uma performance exemplar da banda, com destaque ao seu poderoso riff!

- Live To Win (3:38) - Uma das marcas características do Motorhead é o pesadíssimo som do baixo Rickenbacker de seu líder, e suas famosas introduções para a pancadaria sonora com o som de seu instrumento, e aqui não é diferente, em uma das melhores músicas do disco!

- Fast And Loose (3:23) - Sem tempo para deixar o ouvinte respirar, novamente temos um dos melhores momentos do disco, com a poderosa Fast And Loose, e seu riff "ZZ Tópico", que serve como ponte para o próximo grande momento do disco.

- We Are The Road Crew (3:13) - E que momento! O Motorhead sempre foi uma banda conhecida como uma banda que trata seus roadies da melhor maneira possível, e aqui Lemmy e sua trupe nos brindam com uma música poderosíssima em homenagem a estes incansáveis trabalhadores que ajudam as bandas a terem um show impecável!

Virou um dos melhores momentos nos shows onde é tocada, com os roadies da banda invadindo o palco para cantarem o refrão "We Are The Road Crew"!

Diga-se de passagem, Lemmy costuma levar não mais do que 5 minutos para escrever uma letra, e aqui ele ultrapassou seu próprio limite, levando 10 minutos. Isso que é amizade pelos companheiros!

BANDA CINE ESCREVE MÚSICA PRA ROADIE? Não, não escreve.

No máximo pro bofe que come a bunda do vocalista. Mas enfim, vamos para a próxima faixa.

- Fire, Fire (2:45) - Como característica do Motorhead, temos outra faixa simples e direta, a rápida Fire Fire! Destaque para o riff perto do final da canção, que seria reutilizado na última faixa do disco, The Hammer.

- Jailbait (3:34) - Lemmy sempre foi conhecido por suas letrs irônicas e deveras sarcásticas, e aqui temos uma tratando de pedofilia. Mas isso só abrilhanta a música, que com sua letra polêmica e seu riff matador, virou outra das melhores músicas do álbum!

- Dance (2:38) - Como o título sugere, temos aqui uma música dançante, claramente influenciada pelo Rock N' Roll da década de 50 do qual Lemmy é fanático, porém não por isso é menos pesada do que o resto do álbum. Foi poucas vezes tocada ao vivo, mas ainda assim é uma ótima música!

- Bite The Bullet (1:38) - A rapidíssima Bite The Bullet é praticamente uma introdução para a próxima música do disco, que viria a ser um dos grandes clássicos do Motorhead e presença constante nos set lists da banda!

- The Chase Is Better Than The Catch (4:18) - É a música mais cadenciada e longa do disco, e um de seus grandes momentos! Novamente, a letra trata de um tema polêmico, no caso o divórcio. Mas foda-se a letra, macho que é macho não quer saber de pensar ouvindo Motorhead. Destaque para o solo de guitarra de Eddie Clarke, que é com toda a certeza um dos melhores solos de guitarra da carreira da banda!

- The Hammer (2:48) - Fechando o disco, temos a quase Punk Rock e rapidíssima The Hammer, presença marcante nos sets da banda, e um fechamento com chave de ouro!

Com um disco descontraído, e exalando o bom e velho Rock And Roll, Ace Of Spades se tornou o maior clássico da carreira da banda. Todas as histórias de sua gravação meteórica foram registradas no DVD Classic Albums: Motorhead - Ace Of Spades, e não poderia ser diferente.

Em tempo: a foto da capa do disco foi tirada em um terreno baldio em Londres, e não num deserto, como muita gente pensa.



A turnê de divulgação do disco, batizada de "Ace Up Your Sleeve", recebeu uma produção primorosa, com a clássica iluminação em forma de avião bombardeiro, dentre outros atrativos, e mostrando uma banda muito mais entrosada e poderosa ao vivo, e ainda rendendo a clássica parceria com a banda feminina Girlschool, na qual algum dia será falada aqui em mais detalhes.

Bom, eu espero que este artigo tenha sido educativo e tenha instigado vocês a ouvirem o disco e ouvirem música de macho!

Se já ouviu, ouça novamente. E reze pro Motorhead soltar um novo álbum o quanto antes para que eles venham novamente ao Brasil, com mais um show de pancadaria e Rock N' Roll da melhor qualidade.

E lembrem-se: LEMMY É DEUS.

Uma beijunda e até o próximo artigo!

LONG LIVE ROCK AND ROLL!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Os piores discos já lançados por bandas fodas!



(by Fred Beltrão)

Greetings, strangers!

Este é o primeiro post de fato deste blog e, como eu estou com ódio no coração, porque eu fui numa pastelaria chinesa e NÃO TINHA PASTEL, resolvi falar dos piores discos que eu já ouvi.

Tudo bem, fazer uma lista dessas não ia ser difícil, já que nós temos toda a discografia da Cher e do GG Allin pra detonar, então, resolvi usar um critério básico, nesta lista só entram bandas ou artistas fodas que marcaram época e foram influentes. Dito isto, preparem-se pruma avalanche de merda!

Run To The Hills!!!



SUMMER IN PARADISE - THE BEACH BOYS

É difícil de acreditar atualmente, mas os Beach Boys foram grandes o suficiente pra competir diretamente com os Beatles e os Rolling Stones em vendagens na década de 60, e a genialidade da banda (especialmente do vocalista e multi-instrumentista Brian Wilson) os transformou numa das maiores bandas da história.

Porém, a partir dos anos 70, tudo foi pro espaço. Trocentas milhões de mudanças na formação, discos inconsistentes e brigas internas mandaram a banda pro limbo e, eles chegaram definitivamente ao fundo do poço com essa aberração chamada Summer In Paradise, lançada em 1992.

Este disco foi uma tentativa desesperada de retornar aos dias de glória da banda e, segundo Mike Love, o líder do grupo na época, o disco ia se tornar a trilha sonora definitiva pro verão. Só o propósito já era uma merda. O álbum em si consegue ser pior.

Metade do material aqui não é novo, quatro músicas são covers e duas são regravações de músicas antigas da banda, todas executadas de forma ridícula, sem nenhuma alma.

A outra metade, que são as músicas novas, consegue ser pior. A que supostamente seria o hit do álbum "Summer of Love" é uma tentativa de juntar surf music com rap. Parece até que na falta de algo novo pra fumar, os membros da banda (que ninguém mais sabia quem eram) fizeram um baseado de merda e fumaram até o talo. Não vale nem à pena descrever o resto, mas fiquem sabendo que é doloroso ouvir coisas tão absurdamente ruins vindo de uma banda que lançou uma obra-prima tão essencial quanto o disco Pet Sounds.

O tema deste disco, verão, nos remete à praia, que por sua vez, nos lembra de outro disco infâme.



LOVE BEACH - EMERSON, LAKE & PALMER

Okay, só de olhar a capa já dá nojo. Tudo bem que as garotas na época adoraram (garotas que representavam 90% dos fãs da banda que compravam os discos só porque o Carl Palmer, o Keith Emerson e o Greg Lake eram gatos UI!). Mas nem elas conseguiam acreditar no que ouviam ao botar o disco na vitrola.

Pois bem, Love Beach foi a tentativa de Keith Emerson, Greg Lake e Carl Palmer de sobreviver num mundo cada vez mais hostil em relação ao Rock Progressivo. Leia-se, tentaram fazer um disco pop, e, ao contrário do Genesis, que fez uma transição magistral de progressivo pra pop/rock, eles falharam em todos os sentidos possíveis da palavra. E a falha foi tão grande que o trio se dissolveu logo depois.

Não há nada de interessante nas músicas, nenhuma melodia memorável, só chatice das brabas. O mais ridículo é que, como se eles quisessem mostrar que ainda sabiam fazer prog-rock, meteram uma suíte de 20 minutos de duração "Memoirs of an Officer and a Gentleman" (Nota do Cris: A MÚSICA É TÃO MERDA QUE NEM VÍDEO OU ÁUDIO NO YOUTUBE TEM!), que é tão sem sentido que ouvir um disco do Lou Reed parece até normal.

Teria sido melhor se eles tivessem enfiado essa música na bunda e tomado vergonha na cara.

Obviamente, o disco foi um fracasso de vendas e nenhuma música tocou na rádio, e, falando em rádios...



Yo dawg, i herd you liek radios...



RADIO KAOS - ROGER WATERS

Roger Waters se auto-intitula o "Gênio Criativo do Pink Floyd". Há controvérsias em relação a isso, mas há um consenso de que ele só foi gênio dentro do Pink Floyd, porque a carreira solo dele é pífia. Tá, o Amused To Death é bom, mas o resto é só tentativa de criar conceitos malucos (e, pasmem, fodas) só que com músicas merdas.

E isto foi especialmente marcante no Radio KAOS, de 1987.

O conceito do disco é até bem interessante, conta a história de Billy, um jovem paraplégico do país de Gales que consegue controlar ondas de rádio. Com este poder, ele entra em contato com uma rádio em Los Angeles (cidade em que ele reside com seu tio, David), a Radio KAOS, e começa a contar sua história de vida para os ouvintes e, no melhor estilo War Games, invade um computador militar e finge que destrói o mundo usando ICBMs. Isso tudo, obviamente, é prato cheio pro Waters dissertar da maneira mais depressiva possível sobre guerras, amor, a natureza dos seres humanos entre outros temas complexos.

Tudo parece bom, até o disco começar a tocar. A primeira música, "Radio Waves" é abismal. Pra quem achou o A Momentary Lapse of Reason pop, Radio Waves é quase um cover de Cindy Lauper. E o resto do disco consegue ser pior...

Pra não ser injusto, a melhor música que Waters escreveu na carreira solo dele tá aqui e é a esquecida "Who Needs Information?" que é realmente FODA. "Home", também é boa, mas nem essas salvam o resto.

As viúvas do Waters vão querer me matar, mas face it, o Radio KAOS realmente é um lixo. E falando em lixo, me lembrei do Linquito.



SLAVES AND MASTERS - DEEP PURPLE

Quando David Coverdale e Ian Gillan enfiaram a porrada no Ritchie Blackmore, eles podiam até não saber o porque de terem descido o sarrafo nele, mas Blackmore, depois de contratar Joe Lynn Turner pra cantar no Purple, definitivamente sabia o motivo de ter apanhado.

Pois bem, em 1989 Ian Gillan foi mais uma vez expulso do Purple, e, no desespero (leia-se, falta de alguém digno de cantar numa banda tão gigante quanto o Purple), chamaram o ex-Rainbow Linquito, ou melhor, Joe Lynn Turner.

Pra se ter noção de como o cara é ruim, até o Graham Bonnet, GRAHAM BONNET!!!!111um1centoeonze consegue ser melhor que esse fera. Mas, se as músicas do disco fossem boas, o Linquito podia até ser perdoado (vide Dream Theater, que consegue ser boa com um vocalista merda), mas, ao ouvir a faixa de abertura "King of Dreams" que é um misto (do pior) de Van Halen, Skid Row e Bon Jovi, uma pessoa normal pensa:



QUE PORRA TÁ ACONTECENDO?! E como tudo que é ruim pode piorar...

Temos "Love Conquers All". Jon Lord deve ter pesadelos até hoje com essa música. E além dela, nós temos outras pérolas do mal gosto, como "Breakfest in Bed", "The Cut Runs Deep" entre outras. Em resumo, é um disco sofrível.

Obviamente, Linquito rodou depois da turnê do disco, e trouxeram o Gillan de volta. O disco seguinte, The Battle Rages On, foi até bonzinho, e a banda finalmente se redimiu com o Purpendicular, um puta disco, já com Steve Morse na guitarra.

Slaves and Masters foi um grande erro, mas eu tenho lá minhas esperanças de que foi inconsciente, mas quando uma banda erra conscientemente, os resultados são catastróficos.



UMMAGUMMA - PINK FLOYD

Ummagumma foi um erro consciente, fato. No fundo, Waters, Gilmour, Wright e Mason não faziam a mínima idéia do que fazer depois de terem escrito a trilha sonora do More. Então, resolveram que cada um teria 10 minutos num disco (tempo limite que nenhum respeitou) pra mostrarem suas habilidades individuais como compositores.

O resultado foi uma merda.

Richard Wright escreveu "Sysyphus", que tem 12 minutos e é dividida em quatro partes. Foi uma tentativa de escrever uma peça neo-clássica, que falhou miseravelmente e é insuportavelmente chata.

Roger Waters contribuiu com duas músicas, a baladinha folk chata pra porra "Grantchester Meadows" e a bizonha "Several Species Of Small Furry Animals Gathered Together in a Cave and Grooving With A Pict". Só o nome já exala aroma fecal. E quem acha essa porra genial, por favor, se mata, ou escuta qualquer outro disco do Pink Floyd pra saber o que é genial.

David Gilmour criou "The Narrow Way" pro disco e é o mais próximo de razoável que se tem aqui. Com quase 13 minutos de duração e 3 partes, a música tem partes boas, mas acaba ficando meio sem sentido por ser muito longa.

Nick Mason escreveu "The Grand Viziers Garden Party". É a pior música que o Pink Floyd gravou. Aliás, COMO, MA COMO tiveram coragem de gravar uma merda dessas?

Felizmente, isso é só metade do disco. Ummagumma na realidade é um álbum duplo, com o primeiro disco sendo um tremendo disco ao vivo com performances excelentes das músicas "Astronomy Domine", "Careful With That Axe, Eugene", "Set The Controls For The Heart of The Sun" e "A Saucerful of Secrets", e o segundo sendo a abominação de estúdio que foi descrita. Minha recomendação é: compre o Ummagumma, guarde o disco ao vivo e use o de estúdio como frisbee, ou como porta-copos, ele se tornará útil desta maneira.



FROM GENESIS TO REVELATION - GENESIS

O Genesis foi uma das maiores bandas da história, seja na fase prog liderada por Peter Gabriel ou na fase "pop" liderada por Phil Collins. Mas poucas pessoas sabem do primeiro disco do Genesis, a maioria acha que foi o sólido Trespass lançado em 1970. O motivo do esquecimento do primeiro disco é simples.

Ele é tão ruim que até os membros da banda fazem questão de esquecer que ele existe.



From Genesis To Revelation é como se o produtor Jonathan King tivesse pego as piores músicas dos Bee Gees da década de 60 e as tivesse compilado e posto pro Genesis tocar, com letras novas escritas por Gabriel. Levando em conta que os Bee Gees eram ridiculamente ruins na década de 60, você já deve saber o que te espera nesse disco.

Mas a culpa não é da banda, felizmente, já que alguns meses depois eles lançaram
o já mencionado Trespass, que já mostrava o estilo pomposo de prog rock deles. O problema foi King, que queria transformar a banda num sucesso de vendas da pior maneira possível. Cortando todos os surtos criativos da banda e transformando-os em músicas pop de quinta categoria.

From Genesis To Revelation pode ser o maior exemplo de como um produtor ruim pode arruinar até os melhores músicos, no caso antes mesmo deles se lançarem! Felizmente, a banda rompeu o contrato com King e conheceram Tony Smith, da Charisma Records. Só depois disso que, de fato, o Genesis passou a existir.

Mas às vezes são as próprias bandas que fazem questão de ferrar com um disco.



VIRTUAL XI - IRON MAIDEN

Virtual XI é o melhor exemplo disso, talvez. O disco de estréia de Blaze Bayley na banda, The X-Factor, foi consistente e tinha músicas muito boas, como "Sign of the Cross", "Lord of the Flies", "Man On The Edge", "Judgement Of Heaven" e por aí vai. O material que acabou não entrando pro disco também era muito bom, mas aí que reside o problema.

Why, OH WHY, eles não usaram esse material no disco seguinte?

Virtual XI começa muito bem, "Futureal" é uma puta música, bem no estilo da banda. Porém as coisas já ficam feias na seqüencia, com "The Angel and the Gambler". Steve Harris tava "aparentemente" sem inspiração, já que o refrão da música é repetido 22 vezes. 22 vezes. vinte e duas. VINTE E DUAS!! ARGH!!! Nem o Dave Grohl cantando "THE BEST, THE BEST" é tão repetitivo.

Outras músicas como "Lightning Strikes Twice", "The Educated Fool" e "Don't Look to the Eyes of a Stranger" não são tão repetitivas, mas são tão ruins quanto.

E temos também "Como Estais Amigo". (Nota do Cris: o Link para tal música não foi colocado para não causar problemas cardíacos, mentais, físicos ou meta-físicos nos leitores. Sim, a música é ruim a este ponto.)



Prefiro não comentar muito sobre essa música. Eu fico tão puto que tenho medo de infartar.

Melhor falar de "The Clansman" que é até boa. Mas nem isso salva. E continuando na linha do Metal, nem os criadores do gênero se salvaram de lançar um disco merda.



FORBIDDEN - BLACK SABBATH

Em 1995, ninguém mais sabia o que era o Black Sabbath.

Depois que Ronnie James Dio saiu da banda, e Ian Gillan teve uma passagem meteórica, com o bom, porém abismalmente mal produzido Born Again, a banda teve uma sucessão bizarra de mudanças de formação, com os únicos membros constantes sendo Toni Iommi, Tony Martin (vocalista competente, porém inexpressivo)e o tecladista Geoff Nichols (sim, o Sabbath teve um tecladista). Neste período, Martin só deixou a banda quando a line-up do Mob Rules (com Dio, Butler e Appice) se reuniu pra lançar o excelente Dehumanizer.

Com todos esses problemas em vista, os discos desta época foram inconsistentes, e, tentando trazer a banda de volta ao topo, e também tentando modernizá-la, Iommi contratou Ernie C (da bizarramente boa Body Count banda que mistura rap com metal) para produzir o disco, e montou uma formação com Tony Martin nos vocais, Neil Murray no baixo, Cozy Powell na bateria e Geoff Nichols retornando atrás dos teclados.

As intenções eram boas, mas como de intenções boas o mundo tá cheio, o resultado foi um álbum péssimo. Primeiro que Ernie C confundiu modernizar a banda com produção de merda. Chega a ser vergonhosa a produção do disco, parece até uma banda punk pobre. Sim, a qualidade é ruim nesse nível.

Pra piorar as coisas, além da produção ser péssima, as músicas em si são fraquíssimas, e nenhuma delas parece que foi trabalhada. Forbidden é como se fosse uma demo muito mal gravada e incompleta, algo difícil de engolir, levando em conta que é um disco do Black Sabbath, ou de algo que se diz Black Sabbath. Uma pena.



HUMAN - ROD STEWART

Rod Stewart é um caso raro daqueles artistas que sabem exatamente como vender. E como ele fazia isso bem. Stewart se adaptava ao gênero musical popular de uma época fosse ele Disco ou New Wave, e parecia que só o fato de ter sua voz extremamente marcante num disco já era o suficiente pra vender milhões de cópias.

Porém, uma época isso acabou, e o próprio Stewart reconheceu isso. No final dos anos 80, ele se estabeleceu firmemente no território do soft rock e continuou vendendo bem, enquanto ia sumindo no limiar. Mas, com a virada do milênio, Stewart resolveu voltar, e contratou uma horda de compositores jovens para compor um disco moderno para ele.

O resultado foi horrendo. As músicas são desconexas e mal trabalhadas, e nenhuma delas tem salvação, apesar de alguns nomes pesados como Mark Knopfler e Pino Palladino terem contribuido como instrumentistas. Stewart soa cansado e absolutamente sem saco no disco, especialmente na música que supostamente ia ser o grande hit "I Can't Deny It". E a partir do momento em que se faz um dueto com uma criatura cujo nome artístico é Helicopter Girl, na canção "Don't Come Around Me", você sabe que as coisas tão ruins. Com esse disco, ele atingiu o fundo do poço.

Reconhecendo isso, Rod Stewart parou de tentar coisas novas, e agora só lança discos de cover, seja de standards americanos ou de rock mesmo. Assim ele resolveu o problema de conseguir músicas boas para pôr sua voz.

Agora, preparem-se, para a que é, talvez, a pior de todas as aberrações!



ST. ANGER - METALLICA



Há certas controvérsias em considerar Metallica uma banda foda (eu pessoalmente os considero BEM fraquinhos), mas visto que eles são considerados uma das maiores bandas do Metal e tem lá sua influência, eles podem ser postos aqui.

E o St. Anger é tão ruim, mas tão ruim, que vale à pena ser incluso em toda e qualquer lista de álbuns ruins, independente do critério de avaliação utilizado. Todos devem agradecer ao Metallica por ter tirado o peso na consciência de inúmeras pessoas que, por mais que lancem discos merdas, dormem tranquilas de noite, pensando: "bom, pelo menos eu não fiz o St. Anger".

Não tem muito mais o que falar sobre o Santa Raiva, Batman! além de que qualquer pessoa que tenha bom gosto, ou simplesmente preze pela integridade dos seus ouvidos, tenha que ficar longe, MUITO longe deste disco.

Tudo nele é errado, se você acha a produção do Forbidden ruim, se prepare pra uma pior ainda, levando em conta que Lars Ulrich utilizou seu lendário kit de bateria Suvinil nesse disco.

Nenhuma das músicas parece terminada, é uma colagem de barulhos aleatórios, vocais bizonhamente distorcidos e latas de tinta sendo batidas. Até mesmo o Load e ReLoad (discos antecessores dele) que já eram uma merda ficam parecendo obras primas perto do St. Anger.

Não é necessário falar mais nada sobre esse disco. Fiquem longe dele.



Pois bem, e assim chegamos ao final do primeiro artigo de fato desta bagaça!

Espero que todos os leitores (se é que existem) tenham gostado!

E aguardem o meu próximo, o tema ainda está pra ser definido. Talvez um dia eu faça uma lista dos melhores discos já lançados, mas aí vai ser bem mais difícil, believe me.

Uma Breve Introdução



(by Fred Beltrão)

Primeiro de tudo, bom dia/tarde/noite pra qualquer criatura que
esteja lendo isso aqui.

Muito bem vindos ao Rosa's Cantina!

Um blog em que eu, e meu parceiro no crime, Cristiano Gadelha,
vamos falar de música, da boa, então, pessoas que gostam de funk
carioca (não o funk original, que é FODA) podem ir embora.

Bom, a idéia de criar esse blog provavelmente tem origens etílicas,
então não vou divagar muito sobre isso, mas o objetivo aqui é analisar,
criticar, dissertar, ou simplesmente sacanear todos os temas musicais
que vierem na nossa cabeça (lembrando sempre que a opinião contida
aqui é a nossa, e que, por coincidência, geralmente é a correta,
BRINKS!).



E uma coisa boa é o fato d'eu e do Cris termos pouca coisa
em comum musicalmente, eu puxo mais pra coisas mais lights e ele
pro metal, então as coisas vão ser bem variadas por aqui! xD

Aqui também nós vamos disponibilizar discos, e dar espaço pra bandas
que quiserem promover seu trabalho e que, ao contrário do Lars Ulrich,
não tem nada contra distribuição online de material.



Acredito que isso é tudo, então se divirtam por aqui, e, se tiverem alguma
crítica, sugestão ou qualquer outra coisa, por favor as mantenha pra
você mesmo, já que não serão ouvidas (brincadeira, pessoas, podem
falar sim :p).

Um grande abraço a todos, e até o primeiro artigo!